Quando
de um Congresso de Homens, recentemente fiz uma palestra na COMUNIDADE EVANGÉLICA
FONTE DAS ÁGUAS VIVAS, igreja presidida pelo nobre pastor Norberto Ferreira
Lucena, autêntico homem de Deus. O tema
desse Congresso está contido no texto bíblico “Deveres do Casamento”, em Ef
5:25 – “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja
e a si mesmo se entregou por ela”.
O
assunto abordado foi “A LIDERANÇA NOS LARES” em que ressaltamos que a
responsabilidade de um pai quanto à criação e educação dos filhos advém do
próprio Deus
Essa responsabilidade, então procedente
do Criador é enfatizada nas Escrituras, desde o ordenado por Moisés sobre as
Leis de Deus, no AT: “Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado
em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt
6:7), até a admoestação de Paulo para criarmos nossos filhos, no NT: “E vós,
pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na
admoestação do Senhor” (Ef 6:4).
Com profunda tristeza constatamos
que, nestes últimos anos, raríssimas igrejas reportam-se a este importante
assunto em ensinos bíblicos ou em sermões de pregadores da Palavra de Deus.
Nossos líderes espirituais estão, praticamente, silentes diante da nefasta
aceitação da união afetiva entre homossexuais que pretendem nos levar ao
convencimento de que as famílias já não precisam, necessariamente, de pais para
lidera-las.
Esta sacrílega e execrável Engenharia
social, totalmente desconexa, ilógica e incongruente às Escrituras Sagradas e à
própria Constituição Federal, vem querendo levar ao mundo a impressão de que,
hoje, segundo ela, maridos e pais estão agindo como pessoas atoleimadas ou como
déspotas esclarecidos, demonstrando uma total inutilidade na liderança dos
lares, por estarem “por fora” da realidade atual.
Triste, muito triste é
perceber a carência de pais verdadeiros. O que se vê, na realidade, é uma total
desatenção dos pais para com os filhos, à medida que a exiguidade de tempo não
lhes permite ocupar-se da sua educação. Muitos, até, criam seus filhos com
tirania e violência. Preciso perguntar:
Por que os pais, com vistas à
necessária educação dos filhos, não dedicam mais tempo, esforço e energia neste
privilegiado e sublime mister?
Por que os pais não buscam
santificar os seus lares?
Por que os pais não ensinam
seus filhos a amarem a Deus para serem, também, amados por Ele?
(Pv 8:17)
Por que os pais não mais
ensinam seus filhos a adorarem a Deus?
Por que os pais têm
dificuldade para dizer “NÃO” aos filhos?
Por que os pais estão
retirando da criança a disciplina, evitando fustiga-las? (Pv 23:13-14)
Será que têm medo de
irritá-los quando da disciplina ou correção?
Será que esses pais não se
apercebem de que com este comportamento estão abrindo mão de dar amor aos seus
filhos através de uma educação que venha a desenvolver um bom caráter?
O papel de um pai é o de um “amigo”;
é o de um “irmão camarada”. Neste papel, a ele conferido pelo Senhor, é
refletida a sua importância na célula familiar.
O apóstolo Paulo ensina aos pais como serem “amigos” da esposa e dos
filhos no convívio familiar (Ef 5:22/25, 6:4) e, convenhamos, liderar como “amigo”
não é uma tarefa das mais fáceis – Jesus
que o diga!
Os mandamentos do Senhor responsabilizam os pais pelo ensino dos filhos.
Como “amigo” dos filhos o pai não deve incitá-los à ira e deve mesclar
ponderação e coerência nas condições impostas às crianças (não prová-las além
das suas forças), pois estas condições, se não coerentes, podem originar raiva
e insubordinação.
Este pai/líder “amigo”, entrementes, deve ser
suficientemente corajoso para disciplinar corporalmente os filhos menores, com
vistas à manutenção do padrão bíblico na condição moral e decência do seu lar (Pv
13:24; 19:18; 23:13-14).
As nossas famílias precisam de pais – de pais, “amigos”
de verdade que venham a atuar como
líderes servidores em seus lares, demonstrando zelo e cuidados com seus
familiares, quando do exercício da sua influência na lide com filhos e esposas,
em atenção ao disposto por Paulo a Timóteo, numa de suas epístolas àquele seu
discípulo: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da
própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” (1Tm 5:8).
Nós,
servos, enquanto filhos de Deus, temos nossa privacidade entregue e pertencente
ao PAI ETERNO e O temos como o ‘amigo’ confiável que nos ouve com
amor e, que está sempre disposto a nos abençoar.
Por
assim, dispomo-nos através de orações a confidenciar a ELE nossas dificuldades,
frustrações, dissabores, sentimentos, sucessos, insucessos e todas as
experiências que vivemos.
A
propósito:
Lembrou-se
de agradecer ao Pai por este dia que Ele te deu?
Lembra-se
da sua surpresa ao ser acolhido por Ele, quando estavas abandonado e esquecido?
Lembra-se
de Quem sarou as feridas da sua alma?
Lembra-se
de Quem o libertou, livrando-o das algemas que o aprisionavam?
Quem
pode ser melhor “amigo” que o Senhor que, por ti e por todos nós, à própria vida
renunciou?
Ouça
este louvor.