Por Clélia Rocha
Prólogo
Alberto Couto Filho
Mas...é
preciso sair para FORA.
Clélia
Rocha,
impetuosamente, com superabundante graça pleonástica, vale-se airosamente desse
vício de linguagem, no afã de expressar enfaticamente um nobre sentimento ao
produzir um fruto de reconhecimento, biblicamente aceitável em nosso meio.
Clélia Rocha opõe-se a conjunções
coordenativas ou subordinativas. E dai? Ela é assindética na construção de suas
frases e orações, que se justapõem divinamente;
Clélia
Rocha,
apenas intuindo levar mais subjetividade e emoção a seus leitores, em retórica
despretensiosa e intencional, exibe o seu “quê”, que não é só seu; é de Castro
Alves, o lírico poeta dos escravos; é de Paulo Roberto de Almeida, autor do mini-tratado
em defesa da inutilidade necessária do uso das reticências;
Clélia
Rocha
é árvore frutífera, arraigada e alicerçada no amor de Deus a cultivar raízes espirituais na vivência dedicada ao
Senhor. Ela diz-se raiz e tem a consciência de que estando sob a terra, seus
valores, motivações e necessidades são visíveis apenas pelo Criador de todas as
coisas;
Clélia
Rocha,
permanentemente disposta a santificar-se, está ciente da sua fragilidade, mas
não se vê incapaz. Ela exibe em seus escritos “o como ela é”: sem
mistérios, não enigmática, transparente e verdadeira, serva temente a Deus e,
como diz em tom gracioso: é uma mulher “cara limpa”;
Clélia
Rocha,
enfim, que assevera ter Deus como seu guia diz-se: livre, mar, areia, vento,
tempo, sorriso, alegria, encontro e despedida, comparando-se a uma libélula a
voejar, sem ter nenhuma pressa;
Clélia
Rocha
é protética-bombeiro, poetisa, baiana pessoal e espiritualmente bela, e a blogueira
autora da obra-prima que ora transcrevo, duplamente
honrado pelo fato de ter expressamente autorizado a sua publicação nesta
minha página e ter declarado em seu blog: Estou
lendo Alberto Couto Filho – Deus está sendo glorificado em nossas vidas.
ABRINDO-ME...
HOJE...preciso me DESPEDAÇAR.
Fazer sair das ENTRANHAS o PENSAR...o SENTIR...
Como LÁZARO... PRESO, com OLHOS VENDADOS, boca fechada, cheirando mal, e enclausurado em um MUNDO de MALDADE, FALSIDADE, ARROGÂNCIA, INCREDULIDADE, DESAMOR.
Às vezes...penso em não sair. Suportar o meu próprio cheiro...ainda consigo.
Jogar no meu CORPO morto...o perfume comprado...PAGO.
Mas...é preciso sair para FORA.
FILHO de DAVI! tem MISERICORDIA de NÓS!
CEGOS...à BEIRA do CAMINHO...MENDIGANDO.
DESCEMOS ao poço de JACÓ...mas, não te encontramos...tinhas ido.
Sentimos o PESO da CRUZ no teu ombro, mas te NEGAMOS três vezes.
Todos os dias...MORTE.
Crianças, adolescentes sendo criados para o crime.
Ladrões, bandidos, sequestradores...formados em DIREITO.
BOMBAS jogadas...pessoas sonhando...jogadas ao CHÃO.
As ONDAS do MAR...vem de forma impetuosa, altas demais para mim.
AQUIETA-A
PREFEREM BARRABÁS...está SOLTO.
Me ensinaste a AMAR o PRÓXIMO como a MIM mesmo...como posso?!
Sou do bem, mas...me jogam PEDRAS.
Atiram a PRIMEIRA ...querem MORTE.
Já fui SALVA... por um FIO de ESCARLATA.
Por um SANGUE passado nos UMBRAIS das PORTAS.
Por um CORDEIRO sacrificado.
Sabe quando no MONTE, TU quisestes DESISTIR de MORRER pelo HOMEM?
..."PAI! PASSA DE MIM ESTE CÁLICE"...
...Deverias ter desistido.
Não merecias à CRUZ.
Sinto muito...
O MUNDO...PREFERE BARRABÁS.
Clélia Rocha 2013
coraoquepulsa.blogspot.com/.