PENSANDO BEM...
Por Alberto Couto Filho
Hoje, ao acordar, agradeci a Deus não apenas por ter acordado, mas pela chance que ELE me deu de poder pensar; de poder viver, amar, realizar e de considerar que muitos animais racionais assim como eu, um primata bípede do gênero homo, um ser pensante por ELE criado à Sua imagem e semelhança, esses não teriam a gloriosa oportunidade de despertar do seu sono,
Esses, não teriam o ensejo prazeroso de ver/ouvir o “dayspring” que, conforme pensamento de Cecilia Sfalsin, é “a silenciosa voz do Senhor dos Exércitos dizendo: Recomeça!” – gosto muito daquela nossa abençoadíssima irmã em Cristo, mineira da Princesinha do Vale,
...E lá se foi o meu pensamento para a Palavra de Deus, para a análise e confronto com a Verdade Absoluta. Ao levantar-me, eu não pensei apenas naqueles que em perdendo suas vidas, não veriam mais o nascer do sol; eu pensei, também, nos dorminhocos espirituais.
O autor de Efésios escreve em Ef 5:14: “Desperta tu que dormes, levanta-te, dentre os mortos e Cristo te esclarecerá”. E é verdade! Muitos estão dormindo o sono espiritual (pensando na morte da bezerra?) e, em decorrência, estão espiritualmente mortos.
O meu pensar misturou-se, repentinamente, com minhas outras capacidades:
Misturou-se à minha memória; à minha consciência que, em conluio com minha percepção e minha aprendizagem, influenciou o meu raciocínio e conduziu o meu pensamento para a trágica conseqüência advinda do sono espiritual que, no sentido bíblico, significa ter a mente amortecida, parada, alheada do pensamento em Deus.
Neste agradecimento ao Senhor de tudo, além de clamar pela salvação do nosso sofrido Brasil, orei pela conservação de todas as minhas capacidades cognitivas para que, incólumes após quase oito décadas já vividas, me permitissem concluir o que estou escrevendo sobre PENSAMENTOS, mais uma vez em atenção à persistência de um seguidor que, encomiasticamente, se refere a mim, enaltecendo meus despretensiosos rabiscos
Prossigo.
Lambam-me mil macacos! Donde começar? Mas, por aonde vou? O que escrever? No que pensar?
Dou tratos à bola, ou seja, empenho-me intelectualmente, sem deixar de atentar para o meu coração porque sei que é preciso protegê-lo em todas as circunstâncias; porque é dele que procedem as fontes da vida.
Tudo aquilo que eu estiver escrevendo estará sendo precedido pelo meu pensamento e, de antemão, sei que o coração sedia tudo o que sentimos; o que pensamos e todas as nossas emoções. É dele, do nosso enganoso coração, que procedem também os maus intentos – Evangelho de Mateus, 15;19: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.
Guardemo-lo, pois! É necessário.
Pensando bem, é sabido que tudo se inicia em nossa mente e, na hodierna linguagem bíblica, lemos que é preciso ter cuidado com o que pensamos,, pois nossa vida é dirigida pelos nossos pensamentos” (Pv 4:23). Aqui, julgo ser oportuno registrar o pensamento de Frank Outlaw::
“Vigie seus pensamentos, pois eles se tornam palavras; vigie suas palavras, pois elas se tornam ações; vigie suas ações, pois elas se tornam hábitos; vigie seus hábitos, pois eles se tornam o seu caráter e vigie seu caráter, pois ele se torna o seu destino”
Prosseguindo, com a devida vênia daquele meu simpático seguidor, agora usando meu intelecto para refletir acerca da relevância coletivo/social do que, ainda, escreverei sobre pensamentos e não apenas para atender ao seu singelo pedido. Preciso, para tanto, ter flexibilidade cognitiva, isto é, atento e estimulado pelo convite formulado individualmente, exercitar meus conhecimentos com vistas à plena satisfação dos leitores deste meu espaço virtual, tendo o pensamento como um dos principais fatores envolvidos no processo da cognição.
Meu interesse é satisfazer as necessidades dos que me lêem, qualificando, destarte, os meus escritos.
Talvez não consiga lograr o meu intento, mas penso que qualquer tentativa seria ou será válida.
...Pensamento, então, o que é? O que significa?
Vou continuar nesta linha didática, simplificando ao máximo o que estou pensando no que concerne à definição do vocábulo pensamento.
Quando pensamos, o nosso intelecto, a faculdade que exercitamos através da nossa inteligência, entra em atividade para criar ou avocar à existência, algo relativo a um fato observado, objetivando a realidade (O QUE É) mediante sua natureza ou essência.
Este algo (pensamento) surge então como um produto da mente, originário de uma atividade racional que pode ser: A intuição (razão intuitiva) ou o raciocínio (razão discursiva). Confuso, né?!
Deixe-me descomplicar este “troço”:
A intuição é determinante de uma compreensão imediata e plena daquele algo ou do fato observado, quando a razão consegue captar tudo o que constitui a realidade/verdade daquilo que foi intuído.
Já o raciocínio provém do conhecimento, da existência de provas das mesmas verdades, ao estabelecer ligações e conexões interiores (internas) entre vários atos intelectuais, num processo natural de conhecimento.
Deu pra entender?
Eu, por exemplo, estou pensando e minha intuição está trazendo à existência uma possível e paradoxal inexistência de “saco” dos meus leitores para prosseguir a leitura. O assunto, tratado pela ótica didática, é tremendamente sacal, o que na minha concepção carioca (de Madureira) é entediante, enfadonho e chato “pacas” ou se quiserem, chato “à beça” – eis a razão intuitiva. Todavia, ainda raciocinando sobre o tema se o leitor for um filósofo, um neurocientista ou um louco como eu, vai se esbaldar e reler o texto por inúmeras vezes – eis a razão discursiva.
Os pensamentos, que podem implicar, ainda, outras atividades racionais como, por exemplo, a análise, a comparação ou a síntese, eles podem ter origem, também, em abstrações da imaginação do ser humano. Finalmente, por se relacionar com o cérebro, eu julgo aceitável a definição de que
“o pensamento, por representar uma das potencialidades mais distintas que o indivíduo processa, é um processo mental residente apenas nos seres humanos e que lhes permite modelar o mundo através de um processo de racionalização que, afinal, modifica o seu mundo exterior e interior”.
Gosto, também desta curta e grossa definição: “pensamento é a faculdade da razão”.
Ai a gente grita um “help” para o dicionário, o “pai dos burros” (por causa do pai do Aurélio).
Cara! Como tem definição para a palavra pensamento!
As definições filológicas, pelo que penso, não deixam satisfeitos os filósofos e muito menos os psicólogos e suas exigências.
Assim, para Carl Gustav Jung, fundador da psicologia analítica,
“o pensamento é uma função psicológica racional, que estabelece relações de ordem comportamental entre conteúdos representativos, através da utilização de categorias como verdadeiro ou falso, ou como certo ou errado” (Revista Cérebro & Mente)
Já para o sacerdote e filósofo católico, Roger Jolivet,
“o pensamento é a capacidade que tem o ser humano de conhecer em que consistem as coisas e as relações entre elas” (Revista Cérebro & Mente)
Sob outra perspectiva, devemos considerar que, indubitavelmente, o pensamento se reflete na linguagem. .É esta capacidade cognitiva que transmite conceitos, juízos e todos os raciocínios do pensamento.
Vê-se, então, que todas as capacidades cognitivas detidas pelo homem (linguagem, percepção, consciência, memória, etc) exercem influência sobre o pensar. O pensamento é determinado pela linguagem, se nos ativermos ao seu significado:
“Linguagem é a expressão do pensamento pela palavra, pela escrita ou por intermédio de sinais” - cqd
- O psicólogo Lev Semenovitch Vygotsky, que enfatizou o papel da linguagem no processo histórico social do desenvolvimento do indivíduo, escreveu em seu livro “PENSAMENTO E LINGUAGEM” que todo o indivíduo apresenta uma história pessoal que retrata as suas vivências e experiências mais ou menos marcantes, o que lhe permite estruturar o seu pensamento.
A partir de agora pretendo abandonar a abordagem didática do texto mesmo porque, nesta modalidade de escrita, eu não posso fazer nada melhor para melhor elucidar as dúvidas dos meus leitores. E por não prestar obediência aos padrões e métodos utilizados para esse fim, estou sendo conduzido pelo meu pensamento àquilo que pode ser identificado como algo “pedagogicamente incorreto”.
O que quero dizer é que, embora possa parecer transparente a minha intenção pedagógica nos ditos textuais o contexto do artigo é meramente elucidativo e nada tem de formativo. Afirmo não ser preceptor de nenhuma das matérias aludidas neste artigo, porquanto, não tenho alunos e, desta forma, não existe um processo de interação, tão necessário às relações professor-aluno.
Pintou uma vontade imensa de falar, inda que um pouquinho só, de mim mesmo, na expectativa/esperança de não ser taxado de antipático.
Eis quem eu sou dentro do domínio conceitual douto::
Um homem de letras, um literato, pensador tido e havido como um erudito por ter variado e aprofundado conhecimento nas áreas da cultura e da Ciência – isto, claro, substantivamente, falando.
Sábio? Sim, posso até admitir, desde que nomeado como sinônimo para o vocábulo pensador, sem qualquer citação à Filosofia – jocosamente pensando, aceito ser taxado de “Meio-sábio Aristotélico”, por dizer tudo o que penso, embora pense sempre tudo o que digo – tampouco sou esse tal sabichão, designado gentilmente, por alguns amigos como um poço de sabedoria.
Podem mesmo me adjetivar como filomático, pelo amor que tenho às Ciências e me portar alheio a sentimentos subjetivos (exceto o amor). Por princípio, escrevo sempre pautado na racionalidade.
Na verdade, como qualquer homem de letras, nalgumas vezes, reescrevo trechos de artigos, corrigindo-os em parte se necessário, sem, no entanto, alterar seu conteúdo original. Faço isto, mera e unicamente, para melhor entendimento do leitor e facilidade de leitura.
Pelo que posso (...e tudo posso naquele que, seguramente, me fortalece – (Fp 4:13) e, sem ser um ficcionista, pela minha apreensão intuitiva do real, identifico-me, também, como um “homem de pensamento” na concepção comunista daquele lisboeta, o lusófono pensador e escritor Urbano Tavares Rodrigues.
Amado leitor desfaça agora em nome de Jesus qualquer sentimento de aversão por este blogueiro, por ter falado tanto de si mesmo, Isso seria uma atitude irracional – Criancice, eu diria.
Afinal de contas, não acredito ter crianças dentre meus leitores e como Paulo falou aos de Corinto: “Creia irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças, mas quanto ao modo de pensar, sejam adultos” (1Co 14:20) Alvitrei fazê-lo -. Pense! Revelando o meu “quê” de jactância, sou extremamente simpático rsrsrs.
E Deus? O que ELE pensa sobre os nossos pensamentos?
A Bíblia Sagrada faz comparações entre os pensamentos do Criador e os pensamentos das Suas criaturas:
8 – “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor”: 9 - “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos; e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Isaias 55:8-9);
Extraí dos Estudos Bíblicos Ultimato, a mensagem seguinte, sob o título “Pensando os pensamentos de Cristo”. Ela está contida na primeira carta de Paulo aos de Corinto – “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2:16)
Precisamos aprender a olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Em 1 Coríntios 2.12 está escrito que nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito de Deus. É exatamente para podermos pensar diferente, como verdadeiros discípulos de Jesus, que Deus nos deu o Seu Espírito, por isso “nós… temos a mente de Cristo” isto é, “nós pensamos como Cristo pensa” (1Co 2.16) – NTLH)
O salmista relata que os pensamentos do Senhor não podem ser enumerados, assim como nada e ninguém pode nos separar de Seu amor e, ainda, nos diz do montante incalculável desses pensamentos:
“Muitas são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar” (Sl 40:5)
“E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos ! Quão grandes são as somas deles! Se as contasse, seriam em maior número do que a areia.” (Sl 139:17)
Das narrativas do profeta Jeremias, extraí:
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais” (Jr 29:11)
Face ao exposto até aqui, creio ser melhor para nós seguirmos à risca a orientação do apóstolo Paulo, aos da igreja de Colossos, contidas em Cl 3:1-2:
1“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”: 2 “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas”
Assim, estou sugerindo, em obediência àquelas coisas virtuosas que devemos buscar e pensar, com origem na vontade soberana do nosso Pai celestial, a leitura atenta:
I – Do livro “CRER É TAMBÉM PENSAR”, escrito pelo pastor e teólogo John Stott. Esta obra partiu de uma palestra do autor, em que revelou ser avesso à maior valorização do desempenho da igreja, quando comparado ao pensamento.
Contrariando o intelectualismo, Stott expõe suas razões para convencer o cristão de que a mente deveria ser valorizada acima de qualquer resultância ou repercussão positiva dos rituais havidos na igreja.
No segundo capítulo da obra Stott apregoa o uso da mente, “argumentando que as doutrinas da criação, revelação, redenção e julgamento envolvem o fato de que o homem tem um dever inevitável tanto de pensar quanto de agir com base no que pensa e conhece”;
II – Da obra “DISCURSO DA OBRA” de autoria do pensador Renê Descartes, filósofo, físico e matemático, fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna para entender o verdadeiro significado da icástica frase“Penso, logo existo”.
Ele rejeitava as limitações da filosofia e teologia tradicionais em favor da geometria e da álgebra e via somente na dúvida a única certeza verdadeira. A Matemática, pela sua exatidão, acrescentou aprendizagem àquele genial filósofo que duvidava da sua própria existência, até que se defrontou com algo do que não podia duvidar
E pensou: “Eu penso e não posso duvidar disso porque a minha própria dúvida já é um pensamento. Sou pensante, mas para isso, antes, tenho de ser; tenho de existir para ser pensante. Ai está uma verdade irrefutável: Penso, logo existo” (Valdir Aguilera – Site “A RAZÃO”)
III - Do texto de autoria deste humilde servo, modesto blogueiro-pensador, publicado em 24 de março de 2013 sob o título “INTELECTO, EMOÇÕES E VONTADE”, uma adaptação de um antigo estudo profético. Ali, eu enfatizo que:
- Crer é a nossa melhor opção;
- Para crer é preciso sentir e pensar;
- A fé é a expressão da nossa vontade;
- A minha, a nossa fé é racional;
- Eu penso; eu sinto; eu realizo a obra, em conseqüência, a minha fé está viva.
Fico por aqui, pensando Platão, com meus cavalos e minhas rédeas
PENSE!