A PROPÓSITO...AS OBRAS DA CARNE...
Por Alberto Couto
Filho
I – INIMIZADE, DISCÓRDIA, CIÚMES, INVEJA – (Gl 5:19-21)
Amigos leitores/seguidores,
Paz
“Vou começar pelo fim: O resumo da historia é este:
o sujo falando do mau lavado. Todos, farinha do mesmo saco”.
Este trecho grifado/sublinhado (pelo autor) faz parte d’uma
diatribe discursiva, eivada de mordacidade, ódio e arrogância, proferida por um
midiático ministro do Evangelho que, sem ter sido questionado por alguém e,
muito menos, instado pelo AMOR de Deus, decidiu maldizer dois
outros servos do Senhor, igualmente adeptos da polêmica teologia da
prosperidade, insultando-os e invectivando críticas com o objetivo de
jogá-los um contra o outro, desmoralizando-os e não
oportunizando a reconciliação entre eles.
À época (março/2012), aqueles outros foram protagonistas de um
rumoroso escândalo televisivo, veiculado por todo o Brasil e no exterior, com
fulcro em denúncias de desvio de dízimos para a compra de fazendas e milhares
de cabeças de gado de alta linhagem acusações que recentemente (junho/2013)
levaram alguns pastores de uma conhecida igreja evangélica a um humilhante e
desonroso ergástulo.
Aquele pretensioso e maldizente comentário sobre o falado
entrevero demonstrou total inexistência do AMOR que procede de Deus,
além de um exigido discernimento espiritual encorajado pela Bíblia Sagrada em (Is
5:20) para que não venha a ocorrer o nocente e pernicioso juízo
temerário - “ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem
da escuridade luz, e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por
amargo”!
Em suas considerações morais aquele ministro do Evangelho, em
nenhum momento, praticou o AMOR, o dom supremo que procede de Deus, preconizado
nas Escrituras; “que jamais acaba” (1Co 13:8a); que
é a raiz que produz a fé e a esperança, sabiamente observado pelo nobre
reverendo Hernandes Lopes. Aquele homem de Deus, sem um motivo aparente estava maldizendo
homens de Deus, jogando-os, deliberadamente, um
contra o outro.
Qual seria a motivação daquele ministro do Evangelho para, com
ironia, proferir aquele temerário julgamento? Inimizade?
Discórdia? Ciúmes? Inveja? O julgamento alheio deve ser precedido por um autojulgamento,
conforme expresso na Palavra de Deus em (Mt 7:1-3) – “Não julgueis, para
que não sejais julgados, pois, com o critério com que julgardes, sereis
julgados e, com a medida com que tiveres medido, vos medirão também. Por que
vês o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu
próprio”?
A maldosa e infeliz observação daquele pastor leva-nos a admitir
que, outrora, provavelmente a hipocrisia e a falsidade estiveram presentes em
suas relações. Aquela sua observação, tipicamente carnal e mundana, é indício da não-crucificação
da carne, e da não-vivência no Espírito (Gl 5:24,25) – “ E os que
são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”,
além de indicar total desapego do bem, quando deixou de lado a necessária
cordialidade, como se desobrigado, quanto ao AMOR, daquelas virtudes
recomendadas por Paulo aos Romanos em (Rm 12:9,10) – “O AMOR seja sem
hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns
aos outros com AMOR fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.
Pasmos, vimos por esses dias uma crítica acintosa ao nosso Senhor
Jesus, em razão daquele Seu primeiro sinal miraculoso narrado pelo Evangelista
João: “a transformação da água em vinho”. Cristãos perplexos assistiram
a um julgamento energúmeno e desrespeitoso sobre Aquele que é o próprio AMOR -
um atoleimado julgamento daquele que, por AMOR a nós, entregou Sua vida para
nos salvar; que aceitou o sacrifício salvífico lá na cruz, sendo assim o nosso
único e suficiente Salvador; que nos deu AMOR primeiro, antes mesmo que Lhe
pedíssemos perdão. E quem era esse juiz, esse crítico que muitos acreditavam,
teria o seu coração como habitat de Jesus, mas que agindo como um tresloucado
bufão decidiu maldizer o Príncipe da Paz, o Cristo? Quem era ele?
Quem?
Nada mais nada menos que um daqueles mega-evangelistas que
protagonizaram aquele vergonhoso e lamentável episódio amplamente divulgado na
mídia, gerado por suas denúncias de enriquecimento ilícito, aparentemente
comprovadas, obtido com o desvio do dinheiro de dízimos. A Bíblia compara a sua
ação à de uma víbora nascida de um ovo do basilisco - (Is 59:5) – “Chocam
ovos de basilisco, e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles morrerá
e, quebrando-os, sairá uma víbora”; (Pv 23:32) – “Pois ao cabo
morderá como a cobra e picará como o basilisco”. Essas denúncias, que
até hoje estão sendo apuradas pelo MPF e pela Receita Federal, são as mesmas
que já levaram ao cárcere alguns pastores, como expus anteriormente. Se forem
efetivamente comprovadas, poderemos dizê-lo indesculpável, como Paulo
referindo-se aos judeus em (Rm 2:23,24) – “Tu, que te glorias na lei,
desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de
Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa”.
Destarte, amados, pressinto terem fugido ao meu alcance os
resultados postulados pelo nobre e “abençoamado” reverendo Hernandes Dias Lopes,
pois, pequenino que sou não tenho qualquer condição de proteger ou reconciliar
esses homens de Deus que, outrora, reconheço, tanto fizeram pelo rebanho do
Senhor e pelo Seu Evangelho, valendo-se unicamente do fruto do Espirito Santo,
com AMOR, mansidão e muito de domínio próprio – (Gl 5:22) – “Mas o fruto
do Espírito é: AMOR, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
Se os admoestamos, não falando mal deles, mas apenas obviando o
mal, como Paulo em suas epístolas, eles vêm com aqueles “velhos”
chavões/estereótipos, pequenos trechos extraídos de textos bíblicos (pretextos)
que se tornaram jargões, desconhecidos de muitos como impeditivos e que se
tornaram verdadeiros pavês e escudos para os protegerem quando flagrados em
erro, portando-se de modo inconveniente e exasperando-se ao verem seus
interesses contrariados (1Co 13:5) – o AMOR não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
ressente do mal”.
Hoje, como estamos vendo até em vídeos, esses
chavões são usados, como dissimuladas ameaças àqueles que os flagram, como no
caso do popularíssimo “não toqueis nos ungidos do
Senhor”, usado
recentemente por aquele maldizente ministro autor do comentário/exórdio deste
meu texto, como ameaça de morte, para que deixemos em paz os
ungidos, quando identificados como ladrões e pilantras. Conforme dito no vídeo,
para que não corramos o risco de sermos mortos, ele nos aconselha a trocar de
igreja - SIMPLES, ASSIM (?!)
É fato de que muitas almas são ganhas naquelas suas igrejas, mas
em sua grande maioria, não para o reino de Deus – essas apenas se convertem aos
seus heréticos ensinamentos, às suas convicções e não ao nosso Redentor,
Cristo, quando têm suas mentes imbuídas, ora por falas melífluas (com sabor de
mel), ora pelo entretenimento oferecido através do uso de gírias em linguajar
chulo e mundano.
Aquele AMOR, procedente de Deus, não é mais sentido em suas
lúdicas pregações. Enquanto isso, eles fazem ouvidos moucos para os clamores
daqueles que não aceitam suas explicações bíblicas sobre confissão positiva,
teologia relacional, teologia liberal, teologia da prosperidade e outras
invencionices doutrinárias de cunho herético. Para eles é bem mais fácil e,
até mesmo cômodo, dizerem-se perseguidos, única e exclusivamente, por gente
que quer acabar/dizimar/destruir a família, instituição divina criada por Deus
para representar o Seu reino nesta terra.
Assistam:
II – PORFIA, IDOLATRIA
Estamos vendo em muitos palcos, alguns, outrora púlpitos, a
realização de “shows gospel” em que além de cantores, certos homens
autoproclamados “Deus”, entretêm seus admiradores com esgares e momices que
escandalizam o Evangelho de Cristo; estamos vendo o necessário e obrigatório
culto a Deus sendo substituído por um indesejável, e aparentemente insensível,
culto à personalidade; estamos vendo um elaborado marketing pessoal sendo
desenvolvido através de entrevistas e participações em programas seculares nas
TVs, sob a égide da “Grande Comissão”, a incumbência recebida de Jesus, de
evangelizar o mundo, quando em seus propósitos está o de serem carreados à
categoria de “ídolos”; estamos vendo esses “artistas”, proclamados carismáticos
se tornarem midiáticos graças àqueles adoradores/idólatras que se dispõem a
sustenta-los, mediante aplausos e ofertas voluntárias – (A Cegueira
Espiritual de Israel – Am 4:5) – “e oferecei sacrifício de louvores do que
é levedado, e apregoai ofertas
voluntárias, e publicai-as, porque
disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus”.
A idolatria é considerada por Deus como um pecado de
desobediência, conforme a Palavra em 1Sm 15:23, em que seu autor
diz ser a rebelião um pecado de feitiçaria e a obstinação, como a
idolatria e culto a ídolos do lar...”
Pena que muitos cristãos só entendam o significado da idolatria a
partir do contido no Salmo 115 e no capítulo 10 do livro de Jeremias, quando o
profeta nos mostra o contraste entre o Senhor e os ídolos. Esses cristãos
ignoram que tudo aquilo que se interpuser entre o homem e Deus, ao que se lhe
imputar valor superior ou mesmo equivalente ao do Criador, é considerado
idolatria.
Quando nós nos achamos importantes e, através da força dos nossos
argumentos pretendemos nos valorizar, nos envaidecemos, esquecendo-nos de que a
vaidade é um pecado de idolatria. É preciso que compreendamos que nada
poderemos fazer sem Jesus – (Jo 15:5) – “Eu sou a videira; vós, os ramos.
Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada
podeis fazer”. Nada do que estivermos fazendo de forma eficiente
provém apenas das nossas virtudes e dos nossos dons naturais. Se pensarmos
assim, estaremos valorizando à carne e, consequentemente, não herdaremos o céu
– (1Co 15:50) – “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem
herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção”.
Rogo aos idólatras atentarem para a possibilidade de perderem o
direito à árvore da vida (Ap 22:14) se Jesus for colocado em
segundo plano em seus corações, quando da sua adoração – (Ap 22:15) – “
Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e tudo
aquele que ama e pratica a mentira”.
Que eles percebam a diferença
existente entre honrar e idolatrar um homem de Deus; Que eles se
compenetrem de que é esta nociva cultura idólatra que está a corroer a igreja
que é, e sempre será de Cristo; Que eles se apercebam de que o
ídolo/artista (cantor gospel, pregador, preletor, palestrante, etc.) vibra com
os seus aplausos e, quase sempre, se esquece de atribuir o seu dom ou virtudes
(quando as possui) ao poder do nosso Salvador que, em termos de adoração,
deveria ser o único a ser adorado em qualquer tipo de evento e a todo o momento;
Que eles saibam discernir sobre o que for dito em meio aos aplausos
delirantes, à ovação popular, pois ouvirão, quase sempre, que
tudo é/foi feito para a honra e a glória do Pai Eterno, na maioria das
vezes, aquele “falso papo” apinhado de uma inexistente humildade.
Pobre do homem idólatra! Seu coração foi transformado em habitat
natural dessa nociva e perniciosa idolatria que, ao invés disso, deveria
abrigar a adoração primeira e exclusiva ao Senhor Jesus; ao único Deus vivo
responsável por nossas vidas, feitas por Ele e para Ele – (Rm 11:36) –
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a
glória eternamente. Amém”!
Restam-nos, apenas, interceder incessantemente, com AMOR, por
eles, ídolos evangelistas que se digladiam publicamente e cantores gospel somente interessados na venda dos seus CDs, regozijando-nos na esperança de que se
arrependam e perseverando na oração, para abençoá-los – (Rm 12:12) – “
Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação e perseverantes na
oração”.
Graças a Deus que ainda temos gente que, como a gente, não se
dobra a Baal...e gente jovem, inteligente, participativa, que sabe quando
abdicar do sucesso, dos aplausos, holofotes e luzes; gente como o “abençoamado”
irmão RODOLFO ABRANTES – ex-Raimundos (vídeo) que corajosamente nos
conclama a não-permitir que o brilho da esplendorosa glória daquele que por nós
morreu naquela cruz seja ofuscado pela ausência do AMOR que tem precedência e
procedência em Cristo Jesus.
Assistam:
Aplaudam a Jesus por tudo que Ele fez, faz e irá fazer.
Alberto Couto Filho